Tudo consiste em uma relação bem equilibrada entre o domínio da iluminação, mesmo a natural, e maneiras de você descobrir as suas melhores cenas.
Neste artigo você vai aprender uma técnica que vai te abrir as possibilidades de poses e melhorar sua desenvoltura durante os seus ensaios.
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Enquanto conversa com alguém, dois processos do seu cérebro trabalham para compor suas peculiaridades, o cognitivo e o controle do equilíbrio.
A interação entre os processos cognitivos e o controle de equilíbrio é tipicamente investigada com o paradigma da dupla-tarefa em que duas tarefas competem juntas (Olivier, Cuisinier et al. 2010).
Isto quer dizer que a forma como você se movimenta e se expressa enquanto fala, ou enquanto ouve uma conversa não são pensadas conscientemente. Dificilmente você conseguirá prestar atenção em seus próprios movimentos enquanto executa um processo criativo. E se você tentar pensar em seus próprios movimentos enquanto fala, esta atenção demasiada nos movimentos compromete a atenção dada a seu processo criativo.
Esta é a principal contribuição da tese de mestrado em engenharia biomédica de Ana Margarida Mano Silva Pereira da Universidade do Porto.
E o que isto tem haver com a fotografia?
Os fotógrafos, mesmo os que não entendem de biomedicina, se valem deste fato para trazer à tona grandes imagens dos seus modelos.
É comum eu presenciar em eventos de formatura cenas em que o fotógrafo, para conseguir a pose almejada, vai "entortando" a modelo para uma pose que nunca seria feita pela formanda naturalmente. Acredito que, neste ponto, a peculiaridade da modelo deve ser ressaltada em detrimento da pose estática exigida pelo fotógrafo.
A técnica é simples, porém, eficaz.
Você não vai posar para a foto, você receberá uma instrução e ficará relativamente distante da conclusão desta instrução. Um exemplo comum é o caminhar em direção a uma cadeira, sentar-se e olhar para o ponto combinado somente após o comando do fotógrafo.
Para se chegar a imagem almejada, o fotógrafo já percebeu algumas de suas peculiaridades e tentará reproduzi-las. É comum que ele peça para você executar o mesmo movimento mais de uma vez até sentir que a execução está mais próxima do não pensado do que do calculado. Estas repetições não querem dizer que as primeiras fotos ficaram ruins, certo?
O resultado é sempre surpreendente, pois você verá a si como nunca viu, uma vez que executou os movimentos não "pensados" para a foto.
Se você ficou interessado em mais exemplos, nosso e-book gratuito, O manual no seu primeiro ensaio, apresentamos vários resultados alcançados com essa técnica simples com modelos que nunca tinham experimentado um ensaio profissional antes.
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