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O desafio de ser você mesmo diante das "caixinhas" e rótulos sociais

Foto do escritor: Paulo Felipe SouzaPaulo Felipe Souza

Atualizado: 30 de set. de 2019

Certa vez um cliente me perguntou "você é só fotógrafo?", a frase ecoou durante a semana inteira em minha mente, pois tenho pavor desses rótulos sociais aos quais as pessoas nos colocam para que seu mundo possa fazer sentido. De certa forma, tenho tentado me esquivar desses rótulos pois eles causam grande conflito existencial em mim.


Isto me leva a olhar para o outro sempre com a dúvida metódica de René Descartes acesa: Será que esta pessoa não tem nada a acrescentar mesmo? Será que a falta de potencial nele não é fruto da minha falta de habilidade em enxergar em que vibração ele está?


Quando a Jéssica entrou em contato comigo, ela só tinha uma ideia:

"Quero posar para uma foto segurando uma flor bonitinha".

No dia que ela me deu a ideia, fez exatamente o gesto da foto acima.

Ela não sabe, mas aquela frase mexeu muito comigo, pois percebi que era também meu dever apontar novas possibilidades, novos mundos, uma nova maneira de ela olhar para si mesma!


Foi o que me esforcei a fazer na foto abaixo.



Ela nunca tinha feito um ensaio antes!

E pra mim foi maravilhoso perceber a transformação e sua conexão com a câmera. Mas para que essa conexão acontecesse, eu tive que "deixar de ser o fotógrafo" e fazer também as poses e mostrar para ela que eu também estava "no mesmo barco que ela", que eu também fico sem jeito em frente à câmera.


Isso foi fundamental para ela perceber que falávamos a mesma língua, que ambos estávamos comprometidos com a arte de mostrar ao mundo que somos mais do que as caixas de opiniões alheias são capazes de medir.


Você também deve se permitir olhar-se de dentro para fora, são tantas as opiniões e taxações no mundo que beira a paralisação das ações individuais. "Permitir-se", no mínimo, vai te levar a conhecer um pouco mais de você e, no fim das contas, o que realmente importa é a experiência particular, a experiência dos outros pode te instigar a agir, mas você jamais verá com os olhos de quem adquiriu uma experiência, e jamais sentirá o que sentiu outra pessoa.


O cliente que mencionei no início, sem perceber, matou um universo de possibilidades ao não aceitar me ver além de um "fotógrafo", mesmo depois de saber que eu sou mestre em economia. Quantas pessoas não estão olhando para você e pensando parecido?

"Ah! ela só é isso, ou só aquilo"

e permitem morrer dentro delas as possibilidades de você. Ou pior, quantas vezes você se permite implodir uma parte de você pelo simples fato de a outra pessoa não aceitar te ver na tua plenitude?

Não deixe isso acontecer, não deixe os pedaços da tua essência se desintegrar!

Você não gostaria de saber mais como é descobrir-se? A fotografia é um ótimo caminho. Neste outro artigo (O drama humano) você vai ver o meu próprio desafio em conseguir me ver de um jeito diferente, será que eu consegui?

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