Neste artigo onde falamos sobre fotometria, fizemos um breve passeio pelo mundo da fotografia analógica para conseguirmos nos aproximar de uma resposta para a seguinte pergunta: "fotometria pontua, matricial ou ponderada pelo centro, qual delas é a melhor escolha?"
Nele, deixamos em aberto o assunto do flash e como seu uso melhor simula a maneira como os nossos olhos apreendem uma determinada cena.
Embora a luz natural seja a melhor para os nossos olhos, as câmeras ainda não conseguem capturar todo o gama de cinza que os nossos olhos são capazes.
Luz natural versus luz artificial é um tema que chega a dividir grupos de fotógrafos. Nossa missão neste artigo é te mostrar como a luz do flash, em complemento com a luz natural, aproxima a imagem captada pela câmera da imagem que nossos olhos gravaram no momento do clique.
Você viu no artigo sobre a fotometria essas duas imagens:
Antes e depois de aumentar a região de sombras.
Para contornar o grande contraste que havia entre a região dos braços e a região de sombras no rosto projetadas pelo boné, fez-se uso do flash como complemento de luz.
Agora vamos estudar uma situação um pouco mais extrema, na qual não seria possível elevar o nível das regiões de sombras sem comprometer a qualidade da fotografia em uma situação de subexposição.
O slide seguinte, com três fotografias já editadas do mesmo cenário, é o típico caso no qual o equipamento vai apenas auxiliar a habilidade do fotógrafo.
Em todas foram utilizadas a medição pontual na goiaba. O objetivo aqui era não perder as informações do céu, que era de um tom azul piscina ao final daquela tarde, porém, sem perder também as informações das cores da goiaba e das folhas.
Para conciliar ambos os objetivos, a medição pontual na goiaba foi subexposta.
Com velocidade de 1/1250 e abertura de 5.0 (F/5.0), perdi muita informação das folhas nas sombras após aumentar a exposição. Você consegue observar o granulado nas sombras?
Por outro lado, consegui as cores do céu próximo do que enxerguei. Mas nesse caso, ainda não resolvi o problema proposto pelo objetivo destacado acima.
Na segunda imagem (passe o slide para a direita), aumentei um pouco mais o tempo de exposição para 1/500 e mantive a abertura em F/5.0. Com isso, consegui trazer a goiaba para uma região mais agradável de edição, no entanto, perdi a qualidade da cor do céu, o qual se apresentou mais esbranquiçado do que o céu daquela tarde.
A terceira imagem (passe o slide mais uma vez à direita), já com o uso do flash da própria câmera, aproximou-se melhor do objetivo proposto, pois tem-se o céu como foi visto e a cor da goiaba com o tom de amarelo que ela possuía [os pássaros acabaram com ela minutos depois].
Neste vídeo, você vai aprender como manusear as funções básicas do flash da sua câmera e/ou do flash externo.
Nele, você vai descobrir como as diferentes configurações (velocidade do obturador, abertura do diafragma e iso) influenciam na luz do flash.
As principais conclusões dentro dos pilares da fotografia são:
Diferentes velocidades do obturador não influencia na luz do flash, somente na iluminação natural da cena.
Diferentes aberturas do diafragma influenciam na iluminação do flash e na luz ambiente, de tal maneira que é possível evitar que um flash estoure no rosto de uma modelo fechando-o um pouco mais.
O ISO influencia tanto na luz ambiente quanto na luz do flash.
O fotógrafo Ronaldo do canal 35 milímetros revela seu gosto por utilizar o flash como luz principal e sub exposição da luz ambiente.
Após ver o vídeo, você consegue fazer as duas técnicas? Tanto a do flash como luz principal quanto como luz complementar?
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